sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O Projeto de Orientação Empresarial no SEBRAE em Caruaru - PE ( A consultoria)

Eu defino consultor como um portador de conhecimento, pois a consultoria em si é uma via de mão-dupla, onde o consultor ensina e aprende também, enriquecendo seu acervo de soluções para os próximos trabalhos. Então, de posse desses novos conhecimentos, ele acaba por se transformar em um catalisador de ações, um animador de processos. O trabalho de consultoria e o de coaching têm uma fronteira muito tênue, diria até que a intersecção entre eles não é um conjunto vazio, pois nas minhas consultorias faço com que a solução para os problemas aflorem dos próprios empresários e(ou) empreendedores, onde meu papel é o de indutor e o deles de artífices de seus próprios destinos. Creio que este papel de animador de processo, catalisador, indutor, ou quaisquer outros jargões se devem ao fato de eu trabalhar na atividade de Orientação Empresarial, que metaforicamente falando, seria uma espécie de clínico geral, onde procuro unir as partes do quebra-cabeças. Paradoxalmente minha especialidade é a generalidade, e a força motriz de meu trabalho é o networking e as fontes de informação. A miríade de demandas que se apresentam molda o meu trabalho no raciocínio de que a minha obrigação não é saber profundamente de todos os ramos do saber, mas sim, saber quem e que órgãos detêm tal conhecimento. Adaptando um trecho de uma palestra do nosso vice-presidente José Alencar, a diferença de um especialista para um generalista é que o especialista é um poço profundo de conhecimento com um palmo de largura, enquanto o generalista é um oceano de conhecimento, com um palmo de fundura.
Há no SEBRAE uma divisão de atribuições entre os diversos consultores, onde, em regra, estes focam em setores específicos das atividades econômicas que são vocações das micro e meso-regiões do Estado. O meu papel tem um diferencial em relação a estes, que é o de atender a demanda espontânea, ou seja, trata-se de um projeto multissetorial, onde a imprevisibilidade das demandas dá o tom do trabalho. Algo bastante animador para uma pessoa, que assim como eu, tem um perfil mais eclético.
Faço consultorias de Help desk, ou seja, de Balcão. Aquelas de intervenção, também conhecidas como chão de fábrica ou de loja, são realizadas por profissionais da nossa Rede de Credenciados. Como o meu Setor (Orientação Empresarial) atende à demanda espontânea, isto é, aquela que não faz parte de um público alvo previamente cadastrado, o trabalho é voltado para orientações, sejam através de consultas individualizadas, sejam em grupo, ou via nosso acervo áudio-visual e Internet. Os demais projetos do SEBRAE atendem setores específicos, diferentemente do meu que é multissetorial. Portanto, têm um volume maior de consultorias de intervenção que atendem os seus públicos alvo e até 30% em cima deste número, outros empreendimentos do mesmo setor que não constam do cadastramento prévio, conhecida esta extrapolação como transbordamento.
Entendo que deve haver um processo de simbiose, onde o cliente sente-se recompensado pelo tempo, esforço e  dinheiro investido na consultoria e o consultor se sente realizado profissionalmente.
Embora teoria e prática sejam coisas distintas, elas se concatenam em perfeita harmonia, pois a base da prática é a teoria, e não há nada perene sem uma base sólida. Para os céticos que têm desdém pelo conteúdo teórico, alegando que conhecem diversos casos de sucesso que não tiveram a intervenção de um consultor, sempre digo que estes casos de sucesso representam uma exceção que é uma fração ínfima de um montante bem maior de empreendimentos iniciados, mas, que por falta de orientação, não vingaram. A orientação e ou consultoria invertem o jogo, fazendo com que o sucesso deixe de ser exceção e passe a ser regra.

Wellington Marinho Falcão

Plano de Negócios

"Se eu tivesse oito horas para derrubar uma árvore, passaria seis afiando meu machado." - Abraham Lincoln


Modelo de Plano de Negócios no endereço abaixo para download.

http://www.4shared.com/account/dir/NcP0VU2P/_online.html

Nota: o preenchimento da planilha 5.7 antecede ao da planilha 5.6





Wellington Marinho Falcão

Entrevista no Jornal Vanguarda de Caruaru - PE


Análise de Viabilidade de Meu Negócio

Aspectos relevantes na análise do retorno do investimento



CAPM – Relação entre retorno e risco

ER = Rf + β (ERm – Rf)

n     Onde:
n     ER é o retorno esperado;
n     Rf é o retorno com risco zero (ex: renda fixa);
n     ERm é o retorno de uma cesta ou carteira de ações (ex: IBOVESPA);
n     β é o indicador da correlação entre o investimento em análise e a carteira ou cesta de ações.

CMPC – Custo Médio Ponderado de Capital

n     O CAPM reflete o custo do capital próprio em função do risco de negócio (beta). Quanto maior o risco, maior o retorno desejado;
n     Mas uma empresa não é feita só de capital próprio, mas também de capital de terceiros e, portanto, o CMPC reflete o custo total da empresa que é uma média ponderada entre o capital próprio e o capital de terceiros, cujos pesos são os percentuais de participação dos mesmos no financiamento da empresa;

CMPC – Continuação

n     CMPC = Cp x %Cp + (1 – IRPJ)Ct x %Ct;
n     Cp = Capital Próprio;
n     Ct = Capital de Terceiros;
n     %Cp = Participação do Capital Próprio em Percentual;
n     %Ct = Participação do Capital de Terceiros em Percentual;
n     IRPJ  = Imposto de Renda Pessoa Jurídica

VPL – Valor Presente Líquido

n     Se positivo, aceito tocar o investimento, se não, recuso.
n     No exemplo abaixo, supondo o CMPC EM 13%, o VPL será igual a:
n     VPL = -10.000 + 450(1+0,13)-1 + 400(1+0,13)-2 +500(i+0,13)-3 + 10.500(1+0,13)-4 = - R$ 2.502,00; portanto, recuso.



Nota: Neste diagrama convencionou-se que as saídas de recursos serão setas apontadas para baixo e que as entradas de recursos serão setas apontadas para cima.

TIR - Taxa Interna de Retorno

É a taxa que torna o VPL = 0. Portanto, quando o CMPC for menor que a TIR, aceito.



Nota: Se ao invés de um investimento, como no exemplo anterior, fosse uma entrada de recursos de R$ 10.000,00 via empréstimo ou financiamento, por exemplo, a primeira seta seria para cima e os subseqüentes pagamentos seriam setas para baixo. Portanto, ao invés de trabalharmos a TIR, trabalharíamos a TIJ – taxa interna de juros – e eu aceitaria a transação quando o CMPC fosse maior que a TIJ, pois esta dívida estaria saindo com encargos menores que aqueles que eu estaria disposto a arcar.


Wellington Marinho Falcão

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Quer aprender estatística e macroeconomia de maneira lúdica, pueril ???

Sugiro os seguintes títulos:

Livro - Traduzindo O Economês para entender a economia brasileira na época da globalização -  Paulo Sandroni - Ed. Best Seller




Livro - Introdução Ilustrada à Estatística - Sérgio Francisco Costa - Ed. Harbra



Até a próxima!!!
Wellington

Prece do Empreendedor

 

“Deus, dai-me a serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar, coragem para mudar as coisas que eu posso e sabedoria para saber a diferença.“
Na verdade, o trecho acima foi extraído da Prece da Serenidade escrita por Reinhold Niebuhr Persistência é uma das 10 CCEs (característica de comportamento empreendedor) que fundamentaram a criação do EMPRETEC*.

A diferença entre remédio e veneno é a dosagem. Persistência e teimosia têm uma fronteira muito tênue entre ambas, diria até, que uma não começa a partir de onde a outra termina, pois a intersecção entre ambas não é um conjunto vazio, daí a dificuldade de nós todos em perceber a diferença antes que seja tarde demais. Eu entendo que no momento que meu foco é o meio e não o fim, estarei transpondo a fronteira da persistência para adentrar no terreno obscuro da teimosia.

Eisntein certa vez disse: “Não há nada mais insano do que fazer a mesma coisa todos os dias e esperar resultados diferentes”
Disse o Dr. Lair Ribeiro: “ Se você fizer sempre as mesmas coisas, obterá sempre os mesmos resultados”
Ou como disse o saudoso Dom Hélder Câmara. (não sei se era de sua autoria): “Temos que estar sempre mudando para continuarmos sendo os mesmos”.

A brilhante palestra de Antônio Napole D’andréa Neto no link a seguir, retrata bem isto em determinado instante. http://www.endeavor.org.br/videoteca/pesquisa-de-mercado-como-usar-dados-disponiveispara-%20competir-melhor

Nota O EMPRETEC é um seminário que tem por objetivo desenvolver, nos participantes, características de comportamentos empreendedores. O programa foi desenvolvido pela ONU – Organização das Nações Unidas visando o fortalecimento destas características empreendedoras. O participante deverá primeiro identificar seu potencial empreendedor e verificar quais são seus pontos fortes e fracos. (Fonte SEBRAE-PE)
 Por Wellington Falcão

Composto de Marketing – 4 Ps ou 6 Ps, afinal???

A literatura majoritariamente lista quatro elementos essenciais que auxiliam as empresas a se posicionarem no mercado: produto, preço, promoção e ponto. Este quarteto é conhecido como mix ou composto de marketing. Porém, não há como não acrescer a este quarteto os elementos pessoas e padronização, tão sabiamente descritos por Sérgio Azevedo no Guia Valor Econômico de Marketing para Pequenas e Médias Empresas da Editora Globo. Perceba que todos os seis têm em comum o fato de começarem com a letra “P”.
Cada elemento, visto isoladamente, pouco nos informa a respeito do posicionamento da empresa, mas, em conjunto, eles podem entrar em harmonia e, por ventura, a deficiência de um deles poderá ser suplantada pela excelência dos demais. Há uma estória muito legal contada pelo colega Valdir Cavalcanti do SEBRAE em Recife que é a seguinte: Em uma cidade da Zona da Mata de Pernambuco havia um restaurante muito bem localizado, perto do fórum, da Prefeitura, das escolas e do Comércio que vivia vazio, apesar do elemento ponto, do mix de marketing, ser satisfatório. Por outro lado, várias e várias pessoas cruzavam a cidade, muitas vezes em ruas de terra, serpenteando a mesma para fazerem suas refeições em um restaurante atrás do cemitério. Intuo que neste caso a adversidade do ponto foi suplantada por elementos como produto, preço e pessoas, por exemplo.
Como foi dito no livro “A Cartilha do ponto Comercial” da Editora Clio, ponto ideal é como o parceiro ideal, nunca está disponível, e (grifo meu) se vagar, não faltam pretendentes.
Houve um caso em um outro município aqui do Estado em que o mix era bom, mas vivia às moscas, ou seja, vazio. E aí????? Este é outro caso bastante corriqueiro que é o fato de o restaurante estar vazio porque ninguém entra e ninguém entra porque está vazio. Ciclo perigoso este, não é???? Como os proprietários tinham no pavimento acima do mesmo, a residência, sugeri que eventos festivos da família fossem realizados lá no restaurante, pois gente atrai gente, afinal o ser humano além de onívoro é gregário. A sorte deles mudou, graças a Deus!!!

O conceito do que é preço alto ou baixo é relativo, pois você pode ver um restaurante, cujo preço médio de um prato é R$ 25,00, cheio e outro, cujo prelo médio é R$ 10,00, vazio. Provavelmente quem vai ao primeiro não quer, nem de graça, fazer suas refeições no segundo. Públicos distintos. Pense comigo: Um restaurante de luxo na estrada (fora do perímetro urbano) é a coisa certa no lugar errado, pois é possível que trajado de camisa regata e chinelo o viajante não se sinta muito à vontade em adentrá-lo. Neste caso não se trata de público distinto, mas de momento distinto. Esta questão do momento de compra-consumo ocorreu há alguns anos atrás em Recife quando houve uma forte oposição de donos de padarias à inversão do trânsito em uma movimentada avenida. Até então, o sentido era centro-subúrbio, o que levava muitas pessoas, ao final de um dia exaustivo de trabalho, a passarem nelas para fazerem suas compras. Com a inversão, estas mesmas pessoas continuaram a passar na avenida só que no início do dia e não no final, ou seja, fora do seu momento de compra. De fato, deve haver algumas pessoas que com a inversão do fluxo passaram a comprar nas citadas padarias, porém, o movimento nelas agora é uma fração do que outrora fora. Confesso que não sei se os seus piores temores se confirmaram, mas foi este o fio-condutor da linha de raciocínio deles.

Vejamos outro exemplo:

Aquele estabelecimento que vende bolo a R$ 10,00 não é concorrente daquele outro que vende a R$ 40,00. Posso “rachar” a compra do bolo de R$ 10,00 mais um refrigerante de 2 litros para celebrar a data de aniversário de um colega de trabalho e à noite desembolsar, sozinho, quatro vezes mais para a festinha de aniversário do meu filho. Mesmo público, momentos distintos.

Voltemos ao elemento produto!!!

Você sabia que da mesma forma que padaria vende inclusive pão, floricultura vende inclusive flores??? Pois nela encontramos caixinha de música, caixa de chocolate, ursinho de pelúcia, enfim, tudo aquilo que tenha sinergia com flores. Não faz sentido, por exemplo, vender carvão para churrasco ou ração para cachorro. Veja bem: o concorrente de uma floricultura não é necessariamente outra floricultura, pois pode ser aquela franquia de cosméticos ou aquele quiosque de celulares. Isto será tratado com mais detalhe no próximo artigo, quando abordaremos a Matriz de Michael Porter.

Por fim, e olha que voltaremos ao mix de marketing futuramente, o elemento padronização tem sua relevância. Certa vez ao acompanhar produtores de flores de Pernambuco a Holambra e Campinas em São Paulo, um fato me chamou a atenção: Quando um produtor perguntou ao cliente se ele queria flores de 8, 10 ou 12 cm de talo, ele respondeu que o importante não era ser de 8, 10 ou 12, mas que se fosse firmado o compromisso de 10cm, por exemplo, não se toleraria dimensão diversa. O mercado odeia quebra de expectativa, afinal como vários produtos, dimensões diferentes têm classificações diferentes, preços diferentes e suas respectivas fatias de mercado. Eu, por exemplo, tenho amor e ódio por dois produtos bem típicos da minha Região: Queijo coalho e Bolo de Rolo. Mas, por quê? Porque, na minha opinião, não há meio termo, ou eles são muito bons (vou no céu e volto)  ou são péssimos. A falta de padronização impede que eu os consuma com maior freqüência, pois há quebra de expectativa.

Wellington Falcão – SEBRAE Caruaru

Empregado Empreendedor

 

Sim! E por que não?

O senso comum (senso comum muitas vezes significa preguiça de pensar) nos
leva a associar o conceito de empreendedor àqueles que ocupam o alto
escalão de uma atividade empresarial, mas este conceito se estende aos
demais colaboradores que, “vestindo a camisa da empresa”, tomam iniciativas
e buscam soluções inovadoras em prol da empresa, instituição ou comunidade.
Certa vez foi perguntado a Jack Welch* na Revista Exame nº 858 o seguinte:
“O que é melhor: trabalhar para um chefe ruim numa empresa boa ou
para um chefe bom numa empresa ruim?” E ele respondeu: “se você tiver
de optar por um dos dois, que seja, por favor, pela empresa boa. Por
quê? Porque, se sua empresa for realmente boa, um dia o chefe ruim
será identificado e demitido, ainda que leve tempo. Nesse caso, você
poderá ser recompensado com uma promoção por ter apresentado bons
resultados, apesar de todo o sofrimento. Afinal, todo mundo sabe o que
significa trabalhar sob as ordens de um sujeito mal-humorado, mesquinho
ou mesmo incompetente”. Prossegue dizendo “ainda que você não seja
promovido, seu tormento não terá sido em vão. Você poderá ganhar um
chefe melhor – ou buscar outras oportunidades dentro da organização”.

* Fez carreira na General Eletric onde tornou-se o principal executivo, fechou e desativou unidades além de ter comprando outras companhias. Em sua gestão
de 1981 a 2004 o valor de mercado da companhia saltou de 14 bilhões para 
410 bilhões de dólares. Fonte: Wikipedia

por Wellington Falcão

Pernambuco Sinergético

1 + 1 = 3  Certo?

Não concorda??

Então 1 + 1 = 4

E aí! Agora concorda???

Este pseudo-erro é o que chamamos de sinergia, ou seja, o todo é maior que a soma das partes. Pense que tela mais tinta resulta em obra de arte, onde o todo é maior que a soma das partes, isto é, não se avalia o valor da obra pelo montante dispendido em seus insumos e sim pelo talento do artista.
Historicamente Pernambuco é terra fértil para aqueles que dominam a arte do empreendedorismo tais como: Delmiro Gouveia, Assis Chateaubriand e João Carlos Paes Mendonça. Estes dois últimos, pernambucanos por opção; o primeiro paraibano e o segundo sergipano.
Vive-se neste pedaço do Brasil um clima de euforia pelos investimentos estruturadores que têm feito com que o PIB local cresça a taxas maiores que a média nacional. Investimento gerando consumo, que por sua vez gera novos investimentos que gerarão mais consumo e assim vai. Mas isto não é o moto contínuo, pois teremos uma progressão geométrica convergente, mas aí já é assunto para outra conversa quando adentraremos em conceitos macroeconômicos.

Por hora, desfrutem dos dois vídeos seguintes que são uma degustação deste clima de euforia que tanto nos encanta.

http://www.youtube.com/watch?v=BBb2887Dkkk  http://www.youtube.com/watch?v=g4dV5SY01mc&feature=related

Por Wellington Falcão

Eu quero o polvo profeta como consultor

 

Voltando a falar da relevância do tamanho da amostra numa prospecção de mercado para tomada de decisão…
Da Copa do Mundo de Futebol de 2010 na África do Sul, poderíamos citar uma dúzia de craques, tais como: Diego Furlan, Robben, Sneider, Xuaistaiger, Muller, Ozil, Fabrigas, Xave, Iniesta, Casilas, entre outros; mas não poderíamos deixar de incluir nesta lista o polvo profeta, que nas oito vezes que foi demandado a opinar sobre o resultado de uma partida acertou em todas elas, ou seja, 100% de precisão.
Como todos sabem, a consulta consistia em mergulhar num aquário, que continha nosso querido polvo, dois cubos tampados, com alimento dentro e cada um rotulado com a bandeira de um dos países da partida. O time vencedor seria aquele cuja bandeira fosse o rótulo do cubo que ele destampasse  para pegar o alimento. Ele acertou tudo, cara!!!
Da estatística asseguramos com mais de 99% de confiança que o polvo é de fato profeta, Que loucura, né!!!
Vejamos!
Partindo da hipótese de que sucesso seja ganhar e fracasso seja não ganhar (p = sucesso e q = fracasso), teremos uma distribuição binomial.
Se assumirmos a hipótese, bem razoável por sinal, de que a escolha do polvo é puramente aleatória, as chances de sucesso e fracasso serão iguais, isto é, p = q = 50%.
Pela distribuição binomial, para a hipótese sob prova (p = q) a probabilidade de acertar 8 vezes em 8 tentativas é de 0,4%.
Interpretando este resultado, apesar de haver 8 sucessos e zero fracasso em 8 tentativas, ainda poderíamos ser teimosos o bastante para dizer que a probabilidade de ocorrerem fracassos seja a mesma de ocorrerem sucessos, pois há uma chance de 0,4% de isto ocorrer em 8  tentativas.
Convenhamos, há 99,6% que jogam contra esta afirmação acima, ou seja, a probabilidade de sucesso (o polvo acertar o resultado) é maior que a de fracasso.Eu quero o polvo profeta como consultor.

NOTA

Aqui reforço o que já disse em artigo anterior. O tamanho da amostra é relevante e, no nosso caso, ela é muito pequena (n = 8). Se testássemos o polvo para as 64 partidas da Copa, o seu índice de acerto provavelmente se aproximaria dos 50% esperados (pura aleatoriedade).
Lembre-se! Dois anos antes ele cravou a vitória da Alemanha sobre a Espanha na final da Eurocopa. O resultado final todos sabem: Espanha Campeã.
Creio que na ocasião o seu coraçãozinho de torcedor falou mais alto, afinal o danado é tão alemão quanto Beethoven ou Bach.

Acesse o link abaixo para baixar as minhas 10 (dez) aulas de estatística, fruto de minha breve experiência na docência de Ensino Superior:

http://www.4shared.com/dir/yZn3yIHL/sharing.html

Por Wellington Falcão

Mensurando a NCG – Necessidade de Capital de Giro através dos prazos médios

 

Já vimos em artigo anterior a relevância dos prazos médios para a necessidade de capital de giro. Agora iremos mensurar, ou seja, dizer exatamente quão grande é esta necessidade. Para tal, precisamos fazer um pequeno ajuste naqueles prazos médios vistos anteriormente, conforme explanação a seguir:

NCG = [(CFA / P) x F ]
CFA = Ciclo Financeiro Ajustado às Vendas
CFA = [( PMEa + PMR ) – PMPa]
PMEa = Prazo Médio de Estoques Ajustado às Vendas
PMR = Prazo Médio de Recebimento
PMPa = Prazo Médio Pagamento Ajustado às Vendas
P = Período de tempo (mensal, semestral…)
F = Faturamento Mensal

Exemplo:

PME = 60 dias
PMR = 35 dias
PMP = 30 dias Compra Mensal = R$ 9.266,00
Despesas do mês = R$ 4.000,00
Faturamento = R$ 8.000,00
Custos de Vendas = R$ 3.470,00
PMEa = [( Custo das Vendas / Faturamento) x PME]
PMEa = [( 3.470,00 / 8.000,00 ) x 60 dias] = 26 dias
PMPa = {[( Compras + Despesas) / Faturamento] x PMP}
PMPa = [(13.266,00 / 8.000,00 ) x 30 dias] = 49,75 dias
CFA = [( PMEa + PMR ) – PMPa]
CFA = [( 26 + 35 ) – 49,75] CFA = 11,25 dias
NCG = [(CFA / P) x F )]
NCG = [(11,25 / 30 ) x 8.000,00)]
NCG = 3.000,00

No próximo artigo veremos o mesmo cálculo da necessidade de capital de giro, via origem e aplicação de recursos. Trabalharemos com o trinômio Balanço, Demonstração de Resultados e Fluxo de Caixa.

Por Wellington Falcão

Como calculamos os prazos médios?

 

Vejamos PMR (Prazo Médio de Recebimento)!


  • PMR = Total da 3º coluna / Total da 2ª coluna;
  • PMR = 300.000 / 5.000;
  • PMR = 60 dias
Veja que se trata de um média ponderada, cujos pesos são os valores a receber!

Vejamos o PMP (Prazo Médio de Pagamento)!


  • PMP = Total da 3ª coluna / Total de 2ª coluna;
  • PMP = 144.000,00 / 2.400,00
  • PMP = 60 dias

Veja que se trata de um média ponderada, cujos pesos são os valores a pagar!

E o PME (Prazo Médio de Estocagem)??????

Se o CMV (custo da mercadoria vendida) for R$ 60.000,00 no ano e o estoque médio for R$ 10.000,00, teremos que o estoque girou 6 vezes no ano (60 mil / 10 mil). Portanto, ele gira a cada 60 dias (PME), cujo cálculo é: 360 dias / giro de estoque (360 / 6).

E o Cálculo do CMV e do Estoque Médio???????

Vejamos outro exemplo:

Estoque no Início do Ano (EI)       R$ 300.000,00
Compras Anuais (C)                     R$ 280.000,00
Estoque no Final do Ano (EF)       R$ 330.000,00
Custo da Mercadoria Vendida (CMV) = EI + C EF
CMV = R$ 250.000,00
Estoque Médio = (EI + EF) / 2 = R$ 315.000,00

Você consegue calcular agora o PME????

See you soon!
Por Wellington Falcão

Necessidade de Capital de Giro

 

A Necessidade de Capital de Giro (NCG) envolve o ciclo financeiro e o volume de vendas de uma empresa. A cada venda, existirá uma necessidade de capital de giro. E chamamos de Ciclo Financeiro (CFin)é o período que a empresa leva para que os recursos financeiros retornem ao caixa.Onde, Ciclo Financeiro é igual a :
CFin = Prazo Médio de Estocagem (PME) + Prazo Médio de Recebimento (PMR) – Prazo Médio de PAgamento (PMP)

Vejamos a figura a seguir!

 

Perceba que o prazo dado pelo fornecedor (90dias), cobre o giro de estoque e parte do crediário e embora este prazo seja muito bom, ainda assim há uma defasagem média de 15 dias entre as entradas e saídas de caixa. Você concordará comigo que se o fornecedor fizer a gentileza de dar mais 15 dias de prazo, ele estará financiando integralmente o ciclo operacional da empresa, ou seja a extremidade direita de baixo se deslocará até se posicionar exatamente embaixo da extremidade direita de cima.
Mas convenhamos: quem tem a dádiva de ter um prazo médio de compra de 90 dias, não tem muito poder de manobra para demandar mais 15, não é? Se Maomé não vai a montanha, a montanha vai a Maomé, ou seja, se a extremidade de baixo não puder se deslocar para a direita, a extremidade de cima poderia se deslocar para a esquerda. Mas como?
A primeira hipótese seria redução em 15 dias do prazo médio de recebimento, mas ninguém vende a prazo porque acha bonito e sim porque o mercado rege tal procedimento. Redução do prazo de pagamento, poderá resolver um problema gerando outro, pois as vendas desabariam e o faturamento acabaria ficando à esquerda do ponto de equilíbrio (prejuízo). Cobre-se a cabeça e se descobre os pés. A outra hipótese mais plausível seria fazer com que o estoque que gira em 60 dias passe a girar em 45, mas com os cuidados nos controles de estoque que veremos outra oportunidade, sob pena de o tiro sair pela culatra.

Vejamos a gora o seguinte:



Imagine a situação acima em que o cidadão compre a prazo e venda à vista. Seria, a princípio, o melhor dos mundos, não é?

Um fiteiro vende caixa de fósforos, canetas e outras bugigangas à vista, certo?
  • Um fiteiro compra mil canetas a R$ 1,00 a unidade no dia 1º de janeiro, e o distribuidor lhe dá 30 dias para pagar, ou seja, vencimento em 1º de fevereiro.
  • Ele as revende a R$ 2,00 a unidade e ao final do expediente do dia 31 de janeiro, vende a sua centésima caneta.
  • O seu saldo final de caixa será de R$ 200,00 (uma simplificação da realidade que não prejudica os fins deste exemplo).
  • O saldo final do caixa no dia 31 de janeiro é o saldo inicial do dia 1º de fevereiro, mas aí teremos uma duplicata a pagar de R$ 1mil.
Moral da estória: Embora ele receba um benefício do fornecedor (prazo de 30 dias) que não repassa para seus clientes, ainda assim terá problemas de caixa. No nosso caso um estouro de caixa de R$ 800,00 no dia 1º de fevereiro. Mas por quê?
A este ritmo de vendas ele só venderá sua milésima caneta no dia 31 de outubro, ou seja, no trecentésimo dia, dando um prazo médio de estocagem de 150 dias (5 meses). O capital de giro, não está fazendo jus ao seu nome.
Horrível!!!!!!!!
Por fim…
Não confundir Custo da Mercadoria Vendida (CMV) com compras, pois no exemplo anterior as compras totalizaram R$ 1 mil, mas o CMV não.
Vejamos!
Venderam-se 100 canetas a um preço unitário de venda de R$ 2,00, mas que são dadas baixa em estoque a preço de custo, ou seja, R$ 1,00. Portanto, o CMV para o fiteiro foi de R$ 100,00.

Por Wellington Falcão

Mês de 50 dias

 

Dona Zefinha deixou um emprego, cujo salário era de R$ 1.000,00, para montar um fabrico de fraldas descartáveis. Para tal, ela comprou uma máquina que tem uma capacidade de produção diária de 1.000 peças. Como o mercado deste segmento é muito concorrido, ela não tem poder sobre o preço de venda, que é ditado pelo mercado e devido à sua baixa produção, o seu pedido junto ao fornecedor de matéria-prima é ínfimo, não lhe dando margem para barganhar preço de compra.
Dona Zefinha descobre que após um dia exaustivo produzindo 1.000 fraldas (imaginemos que não use mão-de-obra de terceiros e trabalhe nos fundos de sua residência) ela ao vender tudo o que produziu (hipótese otimista) tira livre (líquido) R$ 20,00.
É razoável crer que ela, na pior das hipóteses, queira retirar os R$ 1.000,00 que renunciou para tocar o empreendimento, não é verdade? Pois ao ritmo de R$ 20,00 por dia, trabalhando de domingo a domingo e vendendo toda a produção, seu mês precisaria ter 50 dias. Valeu a pena???
Lembre-se: O que é bom para Francisco, nem sempre é bom para Chico. O custo de oportunidade dela foi de R$ 1mil, o que nos levou a ter um mês de 50 dias.

Wellington Falcão

Ponto de Equilíbrio

 

Em uma empresa temos custos fixos (CF) e custos variáveis (CV). Tomamos aqui o custeio pleno ou integral (custos sinônimo de despesas). Os CF são aqueles que independem do volume vendido (FAT), como por exemplo: aluguel, contador, pró-labore, etc; e os CV são aqueles que variam em função do volume vendido (FAT), como por exemplo: uma mercadoria vendida por R$ 3,00, cujo preço de compra mais impostos sobre vendas são R$ 2,00, tem para cada unidade vendida a R$ 3,00, baixa em estoque a R$ 2,00.

Veja no 1º gráfico da figura abaixo que os CF não variam em função do volume vendido (FAT).



Os custos totais (CT) são a soma dos CF, que no exemplo acima foram de R$ 4 mil com os CV. Pense que a soma da laje (1ª figura, CT) com a escada (2ª figura, CV) seria a escada partindo da laje e não do pilotis (CT), conforme figura seguinte.



Perceba  na figura abaixo que mesmo que o faturamento (FAT) seja zero, a empresa tem um CT que não é zero, no nosso caso R$ 4 mil. Portanto, a empresa já nasce “gastadora”. Mas ao contrário dos CT, o FAT parte sempre do zero, ou seja, em quando não houver venda não há FAT.



O ponto de equilíbrio (PE) é a fronteira entre o lucro e o prejuízo, pois para nossa empresa exemplo, cujo PE é R$ 10 mil, temos que para vendas maiores que estes R$ 10 mil o FAT está acima dos CT e para vendas menores que R$ 10 mil os CT são mais altos que FAT. Veja como fica!



Se, por exemplo,  reduzimos o aluguel em R$ 1 mil, os CF passarão de R$ 4 mil para R$ 3 mil, o que parece incoerente, pois como vario algo que de antemão digo ser fixo? Pois quando digo que um custo é fixo, estou dizendo que ele é fixo em relação ao volume vendido (FAT) e a variação do valor do aluguel não tem nada a ver com ter vendido muito ou pouco e sim com meu poder de persuasão junto ao dono do imóvel. Ele continuará fixo só que num patamar mais baixo. Veja!



Baixando-se em R$ 1 mil os CF temos um novo PE em R$ 7.500,00, ou seja, se antes um
FAT de R$ 9 mil representava um prejuízo, agora passa a representar lucro, pois passou da esquerda do PE antigo para a direita do PE novo.
Suponhamos que os CV correspondam a 60% do FAT. Veja que os CV são calculados sobre o preço de venda (FAT) e não sobre os CV, pois, num mercado competitivo,  é o preço de venda que determina o custo e não o custo que determina o preço de venda, afinal a dona da mercearia da esquina gostaria muito de vender uma latinha de leite condensado a R$ 20,00. Ela vai vender?
Outro detalhe:  chamamos de margem de contribuição (MC) a diferença entre o preço de venda (FAT) e os CV,  que no nosso exemplo nos dá MC = 40%.

 Vejamos a análise para o 1º trimestre!



O fato de se ter um faturamento de R$ 10 mil em fevereiro, não significa que entraram no caixa R$ 10 mil, pois há vendas deste mês que serão recebidas em março, abril, maio,…
Da mesma forma há entradas de numerários em caixa no mês de fevereiro de vendas não só deste mês, mas de janeiro, dezembro,…
 Vejamos a fórmula do cálculo do PE !



Perceba aqueles R$ 10 mil de PE do gráfico!
Porém, a estória não acaba aí, já que até o momento vendo um único produto cuja MC é 40%. Mas no mundo real vendemos mais de um produto, não é? Com diferentes MC, não é mesmo?
No exemplo a seguir temos três produtos com MC distintas. Para saber que MC colocar na fórmula do PE, tiramos a média dos três, que no nosso exemplo abaixo é uma média ponderada pela participação deles no faturamento (multiplica-se a 2ª pela 3ª coluna). Ter-se-á uma MC média de 0,51. Veja!


Porém, a estória não acaba aí, já que até o momento vendo um único produto cuja MC é 40%. Mas no mundo real vendemos mais de um produto, não é? Com diferentes MC, não é mesmo?
No exemplo a seguir temos três produtos com MC distintas. Para saber que MC colocar na fórmula do PE, tiramos a média dos três, que no nosso exemplo abaixo é uma média ponderada pela participação deles no faturamento (multiplica-se a 2ª pela 3ª coluna). Ter-se-á uma MC média de 0,51. Veja!




Considerações finais:

Perceba que o produto que tem margem, não tem giro e o que tem giro não tem margem. E quando o produto não tem margem nem giro?

Em tese não o comercializarei**, pois ele ou é démodé, ou é obsoleto, ou a marca tem baixa aceitação no mercado, a não ser que, embora não tenha margem, nem giro, ele puxe as vendas de outros produtos, estes sim, com margem ou giro. Por exemplo: os pães vendidos no supermercado, embora possam não ter margem nem giro, levam seus compradores a serpentearem entre gôndolas até chegar ao seu ponto de venda, levando-os a adquirirem outras mercadorias.

** Veremos, em breve, a matriz BCG, e pode ocorrer que, embora não tenha margem nem giro, é um produto com grandes chances de vir a ter, e neste caso valerá a pena apostar nele.

Por Wellington  Falcão

Rejeitar uma verdade ou aceitar uma mentira????


 


 Para explicar a importância do tamanho de uma amostra em uma pesquisa, leiamos a seguinte metáfora. Adoro metáforas!!!
Ao fazermos uma pesquisa, corremos o risco de cometermos dois tipos de erro: rejeitar uma verdade (erro tipo alfa) ou aceitar uma mentira (erro tipo beta).  Vivemos um dilema que é o fato de ao diminuirmos o erro tipo alfa, aumentarmos o erro tipo beta e vice versa. É como um cobertor curto, ou seja, quando cobrimos a cabeça, descobrimos os pés, e quando cobrimos os pés, descobrimos a cabeça. O que fazemos para combater este dilema? Aumentamos o tamanho do cobertor, isto é, aumentamos o tamanho da amostra. Vejamos a seguinte estorinha!
Imaginemos que o professor Wellington, que leciona estatística em Caruaru, tem num universo paralelo um Wellington alternativo que também leciona estatística. O professor Wellington, ao fazer a chamada para registrar quais alunos estão presentes e quais estão ausentes, chama o nome da aluna Chica Tripa e imediatamente um dos presentes pede ao mestre que coloque presença nela, pois a mesma, segundo ele, acabou de sair da sala para dar um pulinho no toalete.
Prontamente, o professor Wellington coloca presença na aluna. Pouco tempo depois, ao chamar o nome do aluno Epaminondas Nepabuceno, novamente um dos presentes pede para que se registre sua presença, pois ele há pouco se retirou da sala para atender o celular. Não há problema. Presença nele! Uma dos presentes percebe que basta uma justificativa qualquer dos presentes para que o professor Wellington dê presença aos que, a princípio, estão ausentes. Ao chamar o nome de Zezinho do Pé Grande, que não está presente, a aluna Soraya Cybelle, que, por sinal, é sua namorada, diz que o mesmo estava na sala de aula, embora ela saiba que ele nem deu as caras, e que naquele instante ele se encontrava no toalete. Presença nele!!!
O professor Wellington deu presença aos três que não responderam à chamada em função das justificativas dadas pelos presentes.
Dos três, os dois primeiros estavam presentes e, por um infortúnio, no momento da chamada, se encontravam fora da sala de aula. A presença do terceiro é fruto de uma mentira da aluna Soraya Cybelle.
 Temos, portanto, duas verdades e uma mentira.
O professor Wellington não sabe quem está contando a verdade ou a mentira, por isso, para minimizar a chance de rejeitar a verdade (erro tipo alfa) topa qualquer justificativa, mas ao proceder assim, aumenta a chance de não rejeitar uma mentira (erro tipo beta). Foi o que ocorreu para o tereceiro caso.
No universo paralelo, Wellington Alternativo tem uma visão diferente das coisas. Ele faz de tudo para não engolir uma mentira (erro tipo beta) de tal forma que não há justificativa que o leve a dar presença para um aluno que não responde à chamada. Sendo assim, ele jamais engoliria a mentira de Soraya Cybelle Alternativa (erro tipo beta), mas acabaria por rejeitar duas verdades (erro tipo alfa).

por  Wellington Falcão

Juros de 5 % ao dia é muito ou pouco?

 

Os juros que você pagaria por um eletrodoméstico, não pagaria por um carro. E os juros que você pagaria por um carro, não pagaria por um imóvel. Concorda? Pois bem. Imaginemos que cai no seu colo a custo zero (o prefeito é muito seu amigo) um ponto bem localizado, no Pátio do Forró de Caruaru, na manhã da véspera de São João.
Porém, ele diz: “Agora o desembolso com as mercadorias é por sua conta”. Mas, você descobre que há um supermercado próximo, vendendo a latinha de cerveja a R$ 0,50 e que, no Pátio, você conseguiria revendê-las a R$ 3,00, sem sobra de mercadoria.
No entanto, na ocasião, você não teria um tostão sequer e recorreria àquele vizinho seu – Sr. Epaminondas Nepomuceno – que lhe propõe  emprestar  R$ 1.000,00 (o suficiente para comprar 2.000 latinhas), a juros de 5% ao dia, com pagamento em 24 horas. E agora, você toparia!?
Ora, se eu consigo comprar R$ 1.000,00 em mercadorias e faturar R$ 6.000,00, (lembre-se de que não há sobras e o preço unitário de venda é de R$ 3,00), eu, com certeza, toparia um empréstimo de R$ 1.000,00 para, em 24 horas, pagar R$ 1.050,00, ou não???
por  Wellington Falcão

Paradoxo provocado pelo conflito entre os regimes de caixa e de competência

 

Era uma vez, a padaria de Soraya Cybelle, que tinha um baita forno elétrico, cuja produção de pães versus gastos com energia elétrica seria ilustrada de acordo com a tabela abaixo:

 

Ué!!!!!!
De janeiro para fevereiro, produzi mais pães, porém a conta de energia não aumentou!!!! E de fevereiro para março a produção caiu, mas a conta de energia aumentou!!!
Por que este desatino?
Isto se deve ao fato de o leiturista não ter feito a leitura em fevereiro, só tornando a medir em março;
A Concessionária de Energia Elétrica local repetiu o valor de janeiro em fevereiro e cobrou a diferença em março;
Pelo regime de competência, dos R$ 1 mil desembolsados em março, só R$ 500,00 são daquele mês, sendo o restante da competência do mês anterior, mas pagos no mês corrente;
Sugestão, para fugir desta armadilha quando for apropriar custos: faça a leitura você mesmo e multiplique a diferença entre a duas últimas leituras pelo valor do KWh.
Atenção:
Na verdade, há uma parcela da energia elétrica que não é um custo variável e sim fixo, iluminação de vão de loja, refrigeração de laticínios e ar condicionado de escritório, por exemplo. A conta de energia não discrimina a parcela variável (PRODUÇÂO) da parcela fixa (COMERCIALIZAÇÃO E ADMINISTRATIVO).
Mas, através um de um instrumento muito simples conhecido com regressão linear (MS Excel ou HP 12C) há com fazê-lo, mas isto já é assunto para uma outra conversa. (Muitíssimo em breve eu conto. Até lá, só faça a leitura do medidor para uma sequência de dias, sem tirar conclusões ainda).

Por Wellington  Falcão

Pró-labore , despesa fixa ou variável?

O pró-labore é o salário que o dono da firma paga a si próprio. Melhor ainda: é o salário que a pessoa jurídica paga à pessoa  física (o proprietário), pois mesmo que fosse uma empresa informal, equivaleria a termos dado à luz a uma criança e não ter feito o seu registro no cartório. Ela existe de fato, mas não de direito.
Suponhamos agora que o proprietário tenha 3 despesas pessoais (isto é uma simplificação da realidade). De fato ele tem uma infinidade, não é?
As três despesas pessoais são: O plano de saúde da vovó. Ela é diabética, hipertensa e tem 90 anos; o leite das crianças; e o colégio dos meninos.
Lembre-se de que a vovó é despesa do titular da firma e não da firma em si, pois precisamos separar as despesas pessoais das despesas do negócio.
Ao fazer as contas de suas despesas pessoais, o titular percebe que, faça chuva, ou faça sol, precisará ter uma renda mensal de R$ 1 mil.
Advogando que o pró-labore é uma despesa fixa, temos que esta rubrica será de R$ 1 mil por mês, não importa o quanto se venda em cada mês.

Vejamos a tabela que se segue:

 JaneiroFevereiroMarço
Pró-laboreR$ 1.000,00R$ 1.000,00R$ 1.000,00
RetiradaR$ 1.500,00R$    800,00R$ 1.200,00
LucrosR$    500,00  

 Suponhamos que em janeiro, se vendeu tão bem, tão bem, tão bem, que o titular resolveu tirar R$ 1.500,00, ao invés dos R$ 1.000,00, inicialmente esperados. Nem por isso, o pró-labore passaria a R$ 1.500,00, o que o tornaria uma despesa variável que cresce e decresce junto com as vendas. Ele continua em R$ 1.000,00, sendo os R$ 500,00 a mais, os lucros da empresa em que o titular “meteu a mão”.
 Agora imagine que fevereiro foi tão ruim, tão ruim, tão ruim, que sequer se conseguiu tirar os R$ 1.000,00. Como se vê, só foi possível tirar R$ 800,00. Mas nem por isso o pró-labore deixará de ser R$ 1.000,00. O que ocorreu é que o cidadão pagou o plano de saúde da vovó e o leite das crianças, deixando o colégio sem pagar. Mas quem não paga o colégio em fevereiro, em março pago o colégio 2 vezes, ou seja, dos R$ 1.200,00 retirados em março, R$ 200,00 são do pró-labore de fevereiro, só que pagos em março.
 Melhor será tirar regularmente o pró-labore e, ao final do ano,  apurar balanço, embolsando, só então, parte dos lucros. Deus o livre! você só consegue pagar a folha salarial de julho em outubro, isto não a tornará despesa de outubro e sim despesa de julho paga em outubro.
 Três ponderações devem ser feitas aqui:
 1º) É preferível que a retirada sobre o lucro seja anual e não mensal como o pró-labore, sob pena de o fisco entender que este valor é pró-labore travestido de lucro, ou seja, incidirá imposto de renda, que não ocorreria na retirada anual, já que o lucro é o saldo remanescente após a provisão para imposto de renda pessoa jurídica, ou seja, livre de imposto.
 2º) Tenha em mente que pró-labore é a remuneração do trabalho (seu suor) e lucro é a remuneração do capital investido (reveja o meu artigo sobre custo de oportunidade).
 3º) Por fim, é importante que despesas como o plano de saúde da vovó e outras despesas pessoais sejam a base para o cálculo do valor do pró-labore, isto é, devo separar as despesas da pessoa física (titular) das despesas da pessoa jurídica. Isto é o Princípio da Entidade, que se for desrespeitado pelo empresário que compõe uma Sociedade Limitada, correrá o risco de ter a despersonalização jurídica de sua empresa e a responsabilidade perante credores passará a ser ilimitada, adentrando em seus bens pessoais, portanto, indo além do capital subscrito perante a Junta Comercial respectiva.

Por Wellington Marinho Falcão

Uma pessoa jurídica que não fez o auto-exame…

 

O investimento em ativo fixo necessita de amortização ao longo de vários exercícios financeiros, sob pena de erroneamente se acabar por alocá-lo todo em um único exercício. Se os investimentos em imobilizado, por exemplo, são amortizáveis em 60 meses, 1/60 do valor do mesmo deve constar como despesa de depreciação mês-a-mês e não se deve alocar todo ele no mês em que se efetivou a aquisição. Se tenho R$ 60 mil em máquinas que após 5 anos (60 meses) deverão ser trocadas, a cada mês estas máquinas valerão R$ 1 mil a menos (R$ 59 mil no mês seguinte, R$ 58 mil no posterior e assim por diante). Esta perda de valor se deve ao uso, ação do tempo ou obsolescência. Esta redução de R$ 1 mil por mês (depreciação) é o que se chama de despesa não-desembolsável ou despesa invisível, pois muitos, por não verem esta valor sair do caixa confunde-o com o lucro, o que não é verdade. Porém, se o empresário citado tiver a certeza que o mundo se acabará daqui a 5 anos, tudo bem! Ele pode embolsar o valor da depreciação que é de R$ 1mil mensais, mas, graças a Deus, não é o caso. Se ele todo mês ele aplicasse estes R$ 1mil na poupança, que dá um rendimento de 8% ao ano, descontando-se a inflação anual de 5%, teríamos um rendimento real de 3% ao ano, tendo ao final de 60 meses um saldo na poupança de R$ 64.646,71. Supondo que no início eram 60 máquinas a R$ 1 mil cada, ao final de 60 meses se comprariam 64 máquinas e ainda haveria troco, imaginando que as máquinas foram reajustadas pelo valor da inflação. Porém, se o empresário embolsar mensalmente o valor da depreciação e ao final de 60 meses financiá-las em 36 meses a 12% ao ano (juros reais) em tabela price, ele teria pago por 60 máquinas 36 parcelas de R$ 1.992,86. Isto resulta em um total desembolsado de R$ 71.742,91. Pagou-se quase 12 máquinas só de juros. Embolsar os valores da depreciação ao invés de provisioná-los é comparável a se ter um câncer que sorrateiramente vai ceifando a vida da empresa, e quando se descobre a sua existência já é tarde, pois há um verdadeiro processo de metástase, podendo se chegar a um ponto sem volta.

Por Wellington Marinho Falcão (SEBRAE-PE Caruaru

A ilha de páscoa, o crescimento econômico e o apocalipse

 

Páscoa é um dos recantos mais isolados do nosso Planeta; ilha vulcânica perdida na imensidão do Oceano Pacífico, é famosa por suas enormes estátuas de pedra. Há uma teoria defendida por uns cientistas e criticada por outros, descrevendo que os invasores europeus que lá chegaram no século XVIII encontraram uma população nativa em frangalhos em uma terra inóspita. Mas nem sempre foi assim, pois entre os séculos IV e V, povos de origem asiática lá se instalaram e prosperaram numa terra de abundância com tudo de bom que a natureza podia lhes oferecer. Mas a obsessão por construir as citadas estátuas de pedra que demandavam muita madeira para seu transporte até os locais desejados (e a ilha está cheia destas estátuas) pode ter levado ao desflorestamento crônico que culminou com a erosão da terra sem a sua proteção silvestre, fazendo com que a chuva e o vento levassem consigo os nutrientes do solo. A fome assolou este povo que outrora gozava de fartura e as guerras entre tribos proliferaram, reduzindo sua população a uma pequena fração à época da chegada dos europeus. Há ainda a agravante de que sem madeira eles não poderiam migrar para outras terras em busca de melhores condições de sobrevivência. Enfim, estavam literalmente ilhados de tudo e de todos. Se compararmos este episódio fazendo uma analogia da Ilha de Páscoa com o Planeta Terra, veremos que este Planeta Azul também é uma ilha perdida na imensidão deste oceano chamado Universo. O que semeamos hoje será, com certeza, colhido pelas gerações futuras. Não se pode ser contra o crescimento econômico, mas um pouco de parcimônia não faz mal a ninguém, pois se hoje exaltamos o crescimento econômico de 10% ao ano da China nas últimas décadas e da Índia num ritmo quase igual, devemos estar atentos a algo muito curioso: ao longo da história da humanidade, o crescimento é mais uma exceção que uma regra, pois se fôssemos modestos o suficiente para aceitarmos um crescimento econômico contínuo de 0,5% ao ano (algo impensável para os adoradores e visionários de plantão da China e da Índia) nos 2007 anos da Era Cristã, teríamos uma renda per capta a dólares de hoje no ano zero menor que US$ 1,00 ano. Convenhamos, é algo inimaginável que alguém na época do nascimento de Cristo pudesse viver assim, a não ser que aceitemos que o Crescimento Econômico não acompanhou a história da humanidade em sua boa parte. De fato, só a partir da Revolução Industrial no final do Século XVIII, este crescimento começou a ficar perceptível. Todo gestor público ou privado, seja nos seus planejamentos de curto, médio e longo prazo não tolera a não inclusão do crescimento econômico, até mesmo nos seus cenários mais pessimistas. Mas até quando? Estamos exaurindo nossos recursos, assim como o fizeram os habitantes da Ilha de Páscoa? Nas Ciências Econômicas há algo conhecido como Lei dos Rendimentos Decrescentes dos Fatores de Produção (Capital, Trabalho e Recursos da Natureza) que prova que só a acumulação de capital não é suficiente para o crescimento contínuo, no máximo serve para elevar a renda per capta para um patamar mais alto, mas ainda assim estático. Só os ganhos de eficiência de produção, com as constantes evoluções tecnológicas, de gestão e de segurança jurídica permitiriam o crescimento contínuo. Mas é muito comum a conversa terminar neste binômio capital e trabalho, se esquecendo que é um trinômio com a participação do fator de produção recursos da natureza, este sim um possível gargalo para o crescimento contínuo devido àquela Lei dos Rendimentos Decrescentes dos Fatores de Produção. Imagine agora que os 10% de crescimento chinês tenha um apetite (e tem) por combustíveis fósseis, nocivos à nossa camada de ozônio. Se, como por encanto, a nova matriz energética renovável fosse capaz de suprir estes 10% de crescimento anual chinês, muito provavelmente a China não trocaria os 10% lastreados em combustíveis fósseis por 10% lastreados por energia renovável. Ela optaria por crescer 20% ao ano, onde a energia renovável não viria para substituir e sim para se somar às fontes de energia já existentes. Enfim, os desejos humanos são infinitos, mas os recursos para satisfazê-los não o são. Tratar com parcimônia das oferendas da Mãe Natureza não parece ser da natureza humana.
Por  Wellington Marinho Falcão

O Chimpanzé, o protetor solar e a estatística

 

Nas minhas navegadas pela Internet descobri que um protetor solar fator de proteção (FPS) 30 nos protege contra 97% dos raios UV, nocivos à nossa pele, e que o fator de proteção 15 nos dá uma proteção de 93%. Portanto, passar de FPS 15 para 30 não implicaria em dobrar esta proteção, mas, como a maioria das pessoas diria, implicaria em um ínfimo aumento de 4%. Porém, aqueles com um pensamento um pouco mais positivo diriam que se conseguiu reduzir em mais e 50% (de 7% para 3%) o percentual de raios UV não filtrados pelo protetor solar.
Como pode um mesmo número variar de 4% a mais de 50%, dependendo apenas da percepção de quem o analisa?
A estatística, ou por ignorância, ou por má fé, pode se prestar para confirmar uma mentira. Em embates recentes, envolvendo organismos internacionais e o Governo Brasileiro, isto se evidenciou. O Brasil foi acusado de ter tido nestes últimos anos um aumento considerável no nível de corrupção, o que foi rebatido firmemente pelas autoridades brasileiras. Em sua defesa, foi dito que o aumento não foi da corrupção, e sim da percepção que se tem dela, pois, segundo estas mesmas autoridades, nunca se combateu tanto a corrupção como na atual gestão da Máquina Pública, daí a constante veiculação na mídia de casos envolvendo a malversação dos recursos públicos.
Quem já não viu na TV aquele comercial da bateria que vende mais porque é inteligente, ou é inteligente, porque vende mais? Pense, então, numa empresa em que funcionários com melhor desempenho são premiados com mais capacitação e, consequentemente, as possibilidades de ascenção funcional se descortinam. Mas há o outro lado da moeda, em que um sistema perverso de segregação funcional se constrói. Não se tem mais a noção de que só é capacitado quem tem bom desempenho, ou só tem bom desempenho quem é capacitado. A noção de causa e efeito se confunde.
Para aqueles que ainda assim acham que aquela diferença entre 93% e 97% é algo insignificante, independentemente da percepção de quem a analisa, vale lembrar que são meros 4% as diferenças entre o DNA de um ser humano e o de um chimpanzé.
Variações sutis, sem dúvida, podem gerar diferenças nada sutis.
  Por Wellington Marinho Falcão

Taxa de retorno e custo de oportunidade

 

Suponhamos que você ganhe R$ 40 mil na loteria e receba a proposta do gerente de seu banco de que, ao aplicar este valor em determinado fundo, terá uma grande probabilidade de ter uma rentabilidade de 15% ao ano, já descontados IOF e IR, o que daria um ganho de R$ 6 mil ao final de 12 meses
Ao optar por montar o próprio negócio, você não abrirá mão de ter um lucro anual maior que estes R$ 6mil, correto? Digamos que você tenha um lucro neste empreendimento de apenas R$ 3 mil. Além de você estar pagando para trabalhar (R$ 3mil), conseguiria este valor aplicando os R$ 40mil na poupança com risco zero. Valeu a pena? Portanto, aquela estória de que lucro pouco é prejuízo se aplica neste caso, pois lucro irrisório é uma vitória com sabor de derrota, ou não é?
Suponhamos agora que você tenha um terreno próprio que se fosse alugar auferiria R$ 2mil mensais, mas, mesmo assim, você prefere montar o seu próprio negócio neste ponto. Neste empreendimento você fatura R$ 10 mil mensais e tem gastos de R$ 9 mil, dando, portanto, um lucro de R$ 1mil. LUCRO??????? Contabilmente é, economicamente, não! Pois, aos R$ 9 mil de gastos, você deveria acrescer os R$ 2 mil que você renunciou para montar este negócio (Custo de Oportunidade). Portanto, o cálculo seria o seguinte: Você fatura R$ 10 mil e tem gastos de R$ 11 mil (os R$ 9 mil anteriores mais os R$ 2 mil que deixou de embolsar). Teríamos, então, um prejuízo de R$ 1mil. De fato, deixou-se de ganhar R$ 2 mil (aluguel) para se ter agora apenas um ganho de R$ 1 mil.
Isto ilustra um fato bastante corriqueiro que é o de as pessoas que têm suas atividades desenvolvidas em ponto próprio não considerarem o custo do aluguel, mas deveriam, pois aquele dinheiro que se deixa de embolsar conta como se desembolso fosse. Partindo deste raciocínio de que aquele valor que se deixa de embolsar é como se desembolso fosse, podemos ilustrar mais dois exemplos: Se Zé Antônio tem uma engarrafadora de água mineral e diz que não tem custo de aquisição da água, uma vez que ela vem de uma fonte que se localiza em uma chácara sua, errado estará. Deveria computar como custo o que ele deixou de embolsar se tivesse vendido esta água àquela marca famosa de água mineral. Se Paulão tem uma olaria, onde faz com esmero, tijolos e telhas, e diz que não tem custo de aquisição do barro, uma vez que ele é extraído de um terreno seu atrás da olaria. Errado estará, pois deverá computar o custo do insumo barro usado em tijolos e telhas como sendo aquele valor que ele deixou de embolsar se tivesse vendido o seu barro a olarias de terceiros.
Caricaturando um famoso provérbio, no caso citado de se renunciar o aluguel de R$ 2mil: Você trocou dois na mão por um voando.

Abraços aos colegas blogueiros a até a próxima!!!!

Wellington Marinho Falcão

O Lago

Comecemos com uma metáfora:
 Em um lago, havia uma alga cuja população dobrava a cada 24 horas. Após 1 ano, estas algas já ocupavam metade do lago, conforme área escura da figura a seguir:


Quanto tempo levará para as algas ocuparem a outra metade do lago?

1 dia

O mesmo ocorre quando começamos um negócio:
Estamos buscando nosso espaço, fidelizando clientes, entrando em sintonia com fornecedores e construindo a marca. Muitos quando estão perto de tomarem conta de sua parcela do mercado (o lago) esmorecem. O boca-a-boca do cliente satisfeito, assim como aquela alga, se reproduz numa progressão geométrica e o tempo que se leva para atingir a 2ª metade da parte que nos cabe no market share é infinitamente inferior ao tempo que se levou para conquistar a 1ª metade.
Wellington Falcão
Fonte:  metáfora acima é uma adaptação da metáfora Lagoa de Nenúfares do livro Limites do Crescimento de Donella H. Meadows e Dennis L. Meadows da Ed. Perspectiva