sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O Projeto de Orientação Empresarial no SEBRAE em Caruaru - PE ( A consultoria)

Eu defino consultor como um portador de conhecimento, pois a consultoria em si é uma via de mão-dupla, onde o consultor ensina e aprende também, enriquecendo seu acervo de soluções para os próximos trabalhos. Então, de posse desses novos conhecimentos, ele acaba por se transformar em um catalisador de ações, um animador de processos. O trabalho de consultoria e o de coaching têm uma fronteira muito tênue, diria até que a intersecção entre eles não é um conjunto vazio, pois nas minhas consultorias faço com que a solução para os problemas aflorem dos próprios empresários e(ou) empreendedores, onde meu papel é o de indutor e o deles de artífices de seus próprios destinos. Creio que este papel de animador de processo, catalisador, indutor, ou quaisquer outros jargões se devem ao fato de eu trabalhar na atividade de Orientação Empresarial, que metaforicamente falando, seria uma espécie de clínico geral, onde procuro unir as partes do quebra-cabeças. Paradoxalmente minha especialidade é a generalidade, e a força motriz de meu trabalho é o networking e as fontes de informação. A miríade de demandas que se apresentam molda o meu trabalho no raciocínio de que a minha obrigação não é saber profundamente de todos os ramos do saber, mas sim, saber quem e que órgãos detêm tal conhecimento. Adaptando um trecho de uma palestra do nosso vice-presidente José Alencar, a diferença de um especialista para um generalista é que o especialista é um poço profundo de conhecimento com um palmo de largura, enquanto o generalista é um oceano de conhecimento, com um palmo de fundura.
Há no SEBRAE uma divisão de atribuições entre os diversos consultores, onde, em regra, estes focam em setores específicos das atividades econômicas que são vocações das micro e meso-regiões do Estado. O meu papel tem um diferencial em relação a estes, que é o de atender a demanda espontânea, ou seja, trata-se de um projeto multissetorial, onde a imprevisibilidade das demandas dá o tom do trabalho. Algo bastante animador para uma pessoa, que assim como eu, tem um perfil mais eclético.
Faço consultorias de Help desk, ou seja, de Balcão. Aquelas de intervenção, também conhecidas como chão de fábrica ou de loja, são realizadas por profissionais da nossa Rede de Credenciados. Como o meu Setor (Orientação Empresarial) atende à demanda espontânea, isto é, aquela que não faz parte de um público alvo previamente cadastrado, o trabalho é voltado para orientações, sejam através de consultas individualizadas, sejam em grupo, ou via nosso acervo áudio-visual e Internet. Os demais projetos do SEBRAE atendem setores específicos, diferentemente do meu que é multissetorial. Portanto, têm um volume maior de consultorias de intervenção que atendem os seus públicos alvo e até 30% em cima deste número, outros empreendimentos do mesmo setor que não constam do cadastramento prévio, conhecida esta extrapolação como transbordamento.
Entendo que deve haver um processo de simbiose, onde o cliente sente-se recompensado pelo tempo, esforço e  dinheiro investido na consultoria e o consultor se sente realizado profissionalmente.
Embora teoria e prática sejam coisas distintas, elas se concatenam em perfeita harmonia, pois a base da prática é a teoria, e não há nada perene sem uma base sólida. Para os céticos que têm desdém pelo conteúdo teórico, alegando que conhecem diversos casos de sucesso que não tiveram a intervenção de um consultor, sempre digo que estes casos de sucesso representam uma exceção que é uma fração ínfima de um montante bem maior de empreendimentos iniciados, mas, que por falta de orientação, não vingaram. A orientação e ou consultoria invertem o jogo, fazendo com que o sucesso deixe de ser exceção e passe a ser regra.

Wellington Marinho Falcão

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